Biodiversidade e conservação dos Pampas
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Márcio Borges Martins
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Professor do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
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Grande parte da superfície territorial do Sul do Brasil era
originalmente coberta por extensas formações vegetais abertas, os
chamados campos sulinos. Essas formações possuem uma identidade
biológica interessante, caracterizada por uma série de espécies
endêmicas, além da forte identidade cultural, associada no presente ao
gaúcho e as suas tradições de criação extensiva de gado.
Apesar da diversidade e importância cultural, as formações campestres do sul do Brasil não têm recebido atenção conservacionista adequada e o nível de proteção a esses ecossistemas é muito inferior ao recomendável. Atualmente, menos de 0,5% do Bioma Pampa está inserido em unidades de conservação de proteção integral. Os campos sulinos estão distribuídos ao longo de dois biomas distintos: o Pampa, que cobre a metade Sul do Rio Grande do Sul e se estende para o Uruguai e Argentina, e os campos ao Norte, que se caracterizam pela formação de mosaicos associados às Matas com Araucária. No Rio Grande do Sul, o bioma Pampa tem uma área aproximada de 176.000 km2, ocupando 63% da área do Estado (IBGE, 2004). Os campos do Sul do Brasil possuem uma alta diversidade biológica vegetal, sendo que o Pampa é uma das regiões no mundo mais ricas em gramíneas. Apenas no Pampa do Rio Grande do Sul estima-se que ocorram cerca de 3 mil espécies vegetais. Além disso, mais de 300 espécies de animais vertebrados terrestres (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) são conhecidas. A descrição e estudo dessa diversidade são certamente mais lentos e difíceis para que a opinião pública em geral possa supor. Também estão muito aquém da finalização. Registrar a composição biológica e os padrões de distribuição de qualquer grupo de organismos é uma das atividades básicas, porém essenciais, no estudo da biodiversidade de uma determinada região. Contudo esses estudos requerem grande investimento de tempo e dinheiro. Um fator agravante nesse processo é a severa alteração observada em nossos ecossistemas, o que dificulta a documentação da fauna, ao mesmo tempo em que tem levado várias espécies ao status de ameaçadas de extinção – somente no Pampa gaúcho são conhecidas 146 espécies vegetais nessa situação. Graças à prática da pecuária típica da região, cerca de 50% da cobertura original de campos ainda apresentam características naturais ou seminaturais (com uso para a pecuária), porém as áreas sem uso antrópico representam apenas de 4% a 12% desta fração. Para exemplificar a carência de informações, podemos citar a descrição em 2007 de uma nova espécie de coral-verdadeira (Micrurus silviae) endêmica das áreas de campos do oeste do Rio Grande do Sul. O encontro de uma espécie de interesse médico e de grande porte, que atinge até 1,5m de comprimento, é um forte indicativo do pouco conhecimento existente sobre a fauna da região. Da mesma forma, uma nova espécie de sapo endêmica do Pampa do Rio Grande do Sul e Uruguai foi descrita apenas no ano de 2004. Além desses exemplos, em pouco tempo de estudo, nossa equipe já encontrou outras espécies de sapos, serpentes e lagartos desconhecidos da ciência ou que não possuíam registro científico para o Brasil. Buscando sanar parte destas lacunas de conhecimento, nosso grupo de pesquisa, formado por pesquisadores e estudantes do Brasil e Uruguai, têm direcionado esforços no sentido de catalogar a ocorrência dos anfíbios e répteis do Pampa. Devido a uma série de características em sua biologia e distribuição geográfica, seu estudo pode fornecer importantes subsídios para a preservação do Pampa como um todo, especialmente no que se refere aos efeitos potenciais das mudanças climáticas previstas para as próximas décadas. Atualmente, com patrocínio da Fundação O Boticário de Proteção À Natureza, nossa equipe vem descrevendo os padrões de ocorrência e distribuição dos anfíbios e répteis e usando algumas ferramentas computacionais de Modelagem de Nicho Ecológico, que permitem projetar modelos da distribuição potencial, atual e futura em diferentes cenários climáticos. Os modelos de distribuição mostraram-se uma ferramenta eficaz, com ampla utilização em pesquisas ecológicas, de evolução e conservação. Estes modelos têm sido empregados em estudos diversos, visando entre outros objetivos a predição da distribuição geográfica atual e potencial, estimativa de invasão de espécies exóticas, o efeito de mudanças climáticas e ambientais e o desenho de unidades de conservação e priorização de conservação. O uso de abordagens como a Modelagem de Nicho Ecológico, que tiram proveito do melhor conhecimento teórico e computacional disponível sobre o tema, associado a dados referenciados e validados por especialistas, permitirão gerar hipóteses sobre os impactos das alterações climáticas e a distribuição das espécies, que podem servir de ferramenta de trabalho para inúmeros estudos futuros. Através dessas previsões poderemos identificar as espécies e regiões mais sensíveis às alterações climáticas e ambientais sugeridas para o futuro e com isso indicar áreas prioritárias para conservação do Pampa. Certamente, o incremento contínuo no conhecimento sobre os diferentes componentes da biodiversidade em associação com o uso sustentável dos recursos naturais será o caminho para a conservação do Pampa. A valorização da pecuária extensiva bem manejada parece fornecer um cenário promissor, tanto para a preservação da biodiversidade quanto da cultura gaúcha. Mas, para isso, o avanço do conhecimento científico neste quesito é fundamental. Colaborou no texto: Caroline Zank, Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Biologia Animal da UFRGS. |
quarta-feira, 18 de julho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
ONU lança campanha sobre mobilidade urbana sustentável
“Precisamos mostrar que a mudança é possível por meio de criatividade e audácia das pessoas para tomarmos decisões mais inteligentes. Nas cidades estão as oportunidades para enfrentar os problemas globais”, diz o secretário geral adjunto da ONU Joan Clos.
O foco da campanha no Brasil será a mobilidade urbana e as pessoas serão chamadas a escolher meios de transporte menos poluidores. “Queremos incentivar o uso de transporte não motorizado, seja a bicicleta ou qualquer outro. Se não for possível, que a pessoa possa usar o transporte público ou pegar carona com amigos. Cada um pode fazer sua parte por um mundo melhor”, afirma Manuel Manrique, oficial de informação do programa ONU Habitat, idealizador da campanha.
Outras cidades do país também farão parte da campanha, como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras. Elas receberão ações pontuais de marketing e haverá eventos e atividades para mobilizar as pessoas. A I’m a City Changer também será veiculada nos cinemas, na televisão, no rádio e em veículos impressos, e há um site (www.imacitychanger.org) e fan page no Facebook onde serão colocados exemplos das melhores práticas.
Rio+20 – Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.
Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.
Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro. (Fonte: Giuliander Carpes/ Portal Terra)
Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/06/19/84511-onu-lanca-campanha-sobre-mobilidade-urbana-sustentavel.html
segunda-feira, 18 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
Posição da agropecuária brasileira para a Rio +20

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, apresenta documento com posição oficial da agropecuária brasileira para a Rio +20, em coletiva na segunda-feira
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, apresenta documento com posição oficial da agropecuária brasileira para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, em entrevista coletiva, na segunda-feira, 18 de junho, às 12h, no Espaço AgroBrasil, no Píer Mauá S/A.
O documento do agro brasileiro recebeu contribuições de lideranças rurais, técnicos, produtores, universidades e instituições do agronegócio, durante três workshops de orientação, organizados pela CNA para a coleta de subsídios, em Brasília (18/04), Uberaba/MG (02/05) e São Paulo (08/05). Durante os workshops foram abordados temas como meio ambiente, inovação e tecnologia, educação no meio rural, segurança alimentar e nutricional e erradicação da pobreza. As sugestões foram organizadas e consolidadas em propostas, que serão entregues oficialmente, pela presidente da CNA, às autoridades e negociadores durante a Conferência.
No espaço AgroBrasil, local onde se realizará a coletiva, os jornalistas também poderão conhecer projetos e tecnologias desenvolvidos pelo Sistema CNA/SENAR para estimular a produção de alimentos com preservação ambiental, entre eles o Projeto Biomas, lançado internacionalmente durante a COP 16, em Cancún, no México, o projeto de Agricultura de Baixo Carbono e o programa de agricultura de precisão. Também será possível conhecer a história da agropecuária no Brasil, as vantagens da agropecuária sustentável e cases de sucesso com o uso de tecnologias de baixo carbono.
A segunda reportagem da série publicada pelo ISA sobre os pontos mais polêmicos da revogação do Código Florestal, aprovada pela Câmara no final do mês passado, mostra como a proposta ameaça projetos de recuperação florestal. A anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução drástica de áreas protegidas em propriedades rurais previstas na nova lei tende a desestimular os produtores rurais que participam dessas ações
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Aprovada pela Câmara no dia 25/4, a revogação do Código Florestal coloca em perigo projetos de recuperação de matas de beira de rio espalhados pelo País. Baseadas sobretudo na legislação florestal hoje em vigor, essas iniciativas tentam recuperar regiões onde o desmatamento avançou além do permitido, com consequências como a extinção de espécies nativas, o assoreamento de rios e nascentes. Os projetos de reflorestamento correm o risco de não sair do papel porque, se não for vetado, o texto referendado pelos deputados permitirá a regularização dos proprietários rurais sem obrigá-los a recuperar a maior parte de suas APPs (Áreas de Preservação Permanente) desmatadas, como determina a lei atual. Apesar de os defensores da nova lei afirmarem que ela promoverá o reflorestamento, o texto da Câmara não traz nenhum incentivo econômico concreto para quem preservar sua APP. Nas últimas semanas, a imprensa publicou informações de que a presidente Dilma Rousseff deve vetar pelo menos parte da proposta aprovada. No Senado, já foi apresentado um projeto de lei que resgata o texto aprovado pela casa, em dezembro, que obrigava a recomposição de matas de beira de rio numa faixa de 15 metros a 100 metros, parâmetro legal muito menor que o atual (30 e 500 metros) e considerado insuficiente pelos cientistas (saiba mais) . O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica tem cadastrados 212 mil hectares de projetos de recuperação florestal, incluindo APPs, RLs (Reservas Legais) e terras de baixa aptidão agrícola (veja aqui). A articulação tem informações de mais 788 mil hectares em iniciativas semelhantes no bioma. Só em São Paulo, 6,5 mil hectares de APPs às margens de cursos de água estão sendo restaurados e a perspectiva é de que pelo menos mais 409 mil hectares passem pelo mesmo processo nos próximos anos, segundo a SMA (Secretaria de Meio Ambiente) do estado. No norte e nordeste do Mato Grosso, região afetada pelo avanço descontrolado da fronteira agrícola nos últimos 20 anos, pelo menos 3,7 mil hectares em APPs estão sendo restaurados por prefeituras, produtores rurais, agricultores familiares, assentados, sindicatos e ONGs. Mata Atlântica “A maneira como foi aprovado o Código não nos deixa muito otimistas com relação à continuidade ou ao impulso à restauração”, comenta Helena Carrascosa, coordenadora do conselho do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que reúne mais de 200 organizações não governamentais, empresas e órgãos públicos, entre eles o ISA. “Temos observado nos vários estados que as iniciativas de restauração diminuíram com a expectativa de mudança na lei porque as pessoas esperam o reconhecimento de situações consolidadas, que poderiam ser mantidas indefinidamente”, diz.
O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica tem o objetivo de recuperar, até 2050, 15 milhões de hectares desmatados em APPs, RLs e terras de baixa aptidão agrícola. Uma estimativa feita pela articulação aponta que a meta cairia para 8,5 milhões de hectares caso o texto da reforma do Código Florestal aprovado pelo Senado fosse sancionado por Dilma Rousseff. A Mata Atlântica é o bioma mais ameaçado do país, com pouco mais de 7% de sua cobertura vegetal original. Cerca de 80% dos remanescentes se encontram em terras privadas e apenas 2% de sua extensão está protegida em UCs (unidades de conservação). Segundo dados do pesquisador Gerd Sparovek, da USP (Universidade de São Paulo), quase 70% dos 33,8 milhões de hectares de APPs de toda a Mata Atlântica estão desmatados. “A restauração florestal em áreas privadas é fundamental para evitar o colapso definitivo do bioma e o Código Florestal sempre foi o principal instrumento para viabilizar esse processo”, avalia Raul do Valle, coordenador adjunto de Política e Direito Socioambiental do ISA. |
A segunda reportagem da série publicada pelo ISA sobre os pontos mais polêmicos da revogação do Código Florestal, aprovada pela Câmara no final do mês passado, mostra como a proposta ameaça projetos de recuperação florestal. A anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução drástica de áreas protegidas em propriedades rurais previstas na nova lei tende a desestimular os produtores rurais que participam dessas ações
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Aprovada pela Câmara no dia 25/4, a revogação do Código Florestal coloca em perigo projetos de recuperação de matas de beira de rio espalhados pelo País. Baseadas sobretudo na legislação florestal hoje em vigor, essas iniciativas tentam recuperar regiões onde o desmatamento avançou além do permitido, com consequências como a extinção de espécies nativas, o assoreamento de rios e nascentes. Os projetos de reflorestamento correm o risco de não sair do papel porque, se não for vetado, o texto referendado pelos deputados permitirá a regularização dos proprietários rurais sem obrigá-los a recuperar a maior parte de suas APPs (Áreas de Preservação Permanente) desmatadas, como determina a lei atual. Apesar de os defensores da nova lei afirmarem que ela promoverá o reflorestamento, o texto da Câmara não traz nenhum incentivo econômico concreto para quem preservar sua APP. Nas últimas semanas, a imprensa publicou informações de que a presidente Dilma Rousseff deve vetar pelo menos parte da proposta aprovada. No Senado, já foi apresentado um projeto de lei que resgata o texto aprovado pela casa, em dezembro, que obrigava a recomposição de matas de beira de rio numa faixa de 15 metros a 100 metros, parâmetro legal muito menor que o atual (30 e 500 metros) e considerado insuficiente pelos cientistas (saiba mais) . O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica tem cadastrados 212 mil hectares de projetos de recuperação florestal, incluindo APPs, RLs (Reservas Legais) e terras de baixa aptidão agrícola (veja aqui). A articulação tem informações de mais 788 mil hectares em iniciativas semelhantes no bioma. Só em São Paulo, 6,5 mil hectares de APPs às margens de cursos de água estão sendo restaurados e a perspectiva é de que pelo menos mais 409 mil hectares passem pelo mesmo processo nos próximos anos, segundo a SMA (Secretaria de Meio Ambiente) do estado. No norte e nordeste do Mato Grosso, região afetada pelo avanço descontrolado da fronteira agrícola nos últimos 20 anos, pelo menos 3,7 mil hectares em APPs estão sendo restaurados por prefeituras, produtores rurais, agricultores familiares, assentados, sindicatos e ONGs. Mata Atlântica “A maneira como foi aprovado o Código não nos deixa muito otimistas com relação à continuidade ou ao impulso à restauração”, comenta Helena Carrascosa, coordenadora do conselho do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que reúne mais de 200 organizações não governamentais, empresas e órgãos públicos, entre eles o ISA. “Temos observado nos vários estados que as iniciativas de restauração diminuíram com a expectativa de mudança na lei porque as pessoas esperam o reconhecimento de situações consolidadas, que poderiam ser mantidas indefinidamente”, diz.
O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica tem o objetivo de recuperar, até 2050, 15 milhões de hectares desmatados em APPs, RLs e terras de baixa aptidão agrícola. Uma estimativa feita pela articulação aponta que a meta cairia para 8,5 milhões de hectares caso o texto da reforma do Código Florestal aprovado pelo Senado fosse sancionado por Dilma Rousseff. A Mata Atlântica é o bioma mais ameaçado do país, com pouco mais de 7% de sua cobertura vegetal original. Cerca de 80% dos remanescentes se encontram em terras privadas e apenas 2% de sua extensão está protegida em UCs (unidades de conservação). Segundo dados do pesquisador Gerd Sparovek, da USP (Universidade de São Paulo), quase 70% dos 33,8 milhões de hectares de APPs de toda a Mata Atlântica estão desmatados. “A restauração florestal em áreas privadas é fundamental para evitar o colapso definitivo do bioma e o Código Florestal sempre foi o principal instrumento para viabilizar esse processo”, avalia Raul do Valle, coordenador adjunto de Política e Direito Socioambiental do ISA. |
Opinião apartir deste assunto
Revogação do Código Florestal ameaça iniciativas de restauração de APPs
Assuntos polêmicos como a renovação do Código Florestal, aprovada no final do mês passado, mostra como a proposta ameaça projetos de recuperação florestal. Tendo como uns dos fatores principais da renovação do Código, a anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução drástica de áreas protegidas em propriedades rurais previstas na nova lei que tende a desestimular os produtores rurais que participam dessas ações. Mais com consequência desses processos, que são primordiais para estarem legalmente com a lei que está em discussão, com objetivos de recuperar regiões onde o desmatamento avançou além do permitido, com consequências destes avanços como a extinção de espécies nativas, o assoreamento de rios e nascentes.
Os projetos de reflorestamento necessitam sair do papel e irem para prática, se for vetado, tendo como objetivo maior a regularização dos produtores rurais, após dar iniciativas nas suas atividades, recuperação das suas APPs (Áreas de Preservação Permanente), conforme e Lei atual do Código Florestal. Desta forma, os últimos resultados dos debates e texto da Câmara não traz nenhum incentivo econômico concreto para quem preservar sua APP.
Na situação que estamos, na urgência de ter atitude como nossos recursos naturais, os produtores que recuperar e preservarem suas áreas de APPs teriam que ser ressarcidos economicamente, porque todos esses serviço de mão de obra e regulamentação gera custos para produtores. Esses custos ainda não estão nos orçamentos dos empreendedores rurais, mais nos dias atuais terão que serem inseridos nas suas contabilidades para estarem corretos com as normas a serem aprovadas. Esses custos não faz parte da realidade dos pecuaristas, como a lei atual e as normas a serem estabelecidos, todos terão que estar regularizado. Na maioria da situação, os pecuaristas de pequeno e médio porte não têm condições econômicas de restaurar suas APPs, seria uma forma de acelerar esses processos com o ressarcimento financeiro principalmente na agricultura familiar.
Na mesma situação, está de como vai ficar a distancia preservada de margens de rios que são as matas ciliares, tendo a ser mais polêmico ainda, porque pecuarista alegam que vão perder áreas produtivas se a lei entrar em vigor. Mais os parâmetros tem que serem revistos conforme a realidade de cada região do Pais, situação do propriedade que no caso seja o produtor familiar ou produtor com maior numero de terras. Cada região tem suas peculiaridades produtivas e áreas e serem preservado que não afete sua produção e aumentado cada vez mais e preservação de áreas de APPs.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Anistia defendida por ruralistas para atender agricultores
familiares deve beneficiar grandes proprietários
A última reportagem da série do ISA sobre a proposta de
revogação do Código Florestal mostra que, na discussão da nova lei, apesar do
discurso de justiça social, os ruralistas recusaram-se a limitar tratamentos
diferenciados apenas aos agricultores familiares. Um dispositivo de anistia
incluído no projeto pelos representantes do agronegócio pode fazer com que 30
milhões de hectares desmatados em áreas de Reserva Legal não sejam recuperados.
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Uma regra incluída na proposta de revogação do Código Florestal pelos
ruralistas, sob o argumento de proteger a agricultura familiar, deve beneficiar
grandes e médios produtores rurais.
Aprovado no dia 24/5 pela Câmara, o projeto isenta a recuperação de áreas de
RL (Reserva Legal) desmatadas até julho de 2008 em propriedades com até quatro
módulos fiscais (de 20 a 440 hectares, dependendo da região).
Na prática, quem tem mais terra poderá ser anistiado porque é comum que
imóveis rurais estejam registrados no cartório com mais de uma matrícula, como
se fossem propriedades diferentes, apesar de serem explorados em uma única área
contínua. Uma fazenda de 800 hectares pode corresponder, na verdade, a duas
matrículas de 400 hectares.
A precariedade da fiscalização e da gestão de informações fundiárias, além de
dúvidas sobre quais dessas informações deverão ser consideradas e como elas
serão registradas, devem dificultar a aplicação da nova lei, provocando
insegurança jurídica, caso o texto aprovado pelos deputados não seja vetado.
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Brasil ganha duas
áreas de conservação ambiental
O
Brasil ganha mais duas unidades de conservação ambiental, foi anunciado no dia
Mundial do Meio Ambiente. Além disso, foram ampliadas outras áreas de
conservação como do Parque Nacional do Descobrimento (BA), da Floresta Nacional
Araripe-Apodi (CE) e da Floresta Nacional Goytacazes (ES). Isso demonstra que
áreas estão sendo recuperadas, ampliadas e cada vez mais necessitadas de áreas
preservação para conservação de nossas matas nativas. Estudos demonstram que os
desmatamentos estão sendo reduzidos conforme a fiscalização, controle e conscientização
das pessoas envolvidas nessa prática irregular. A taxa de desmatamento da
Amazônia Legal em 2011 foi a menor desde 1988, quando o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) começou a fazer a medição. Essas áreas são
remanescentes de matas nativas que foram antropizadas pelas atividades humana
como, a extração de madeira e agropecuária. A recuperação destas reservas é
pequenas ações mais com grandes valores com a nossa biodiversidade, dando
suporte e incentivos para outras ações de recuperação e conservação das áreas
que foram desmatadas.
Fonte:http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/acoes-e-programas/comunicacao-publica/em-questao/edicoes-anteriores/junho-2012-1/boletim-1546-06.06/brasil-ganha-duas-areas-de-conservacao-ambiental?utm_campaign=Newsletteremquestao&utm_medium=Meio.Ambiente&utm_source=Conservacao.Ambiental&utm_content=60612
Fonte:http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/acoes-e-programas/comunicacao-publica/em-questao/edicoes-anteriores/junho-2012-1/boletim-1546-06.06/brasil-ganha-duas-areas-de-conservacao-ambiental?utm_campaign=Newsletteremquestao&utm_medium=Meio.Ambiente&utm_source=Conservacao.Ambiental&utm_content=60612
quarta-feira, 13 de junho de 2012
A agricultura Brasileira e a Rio +20.
A Rio+20 é uma Conferência de
lideres Mundiais, é um dos maiores encontros mundiais sobre o desenvolvimento
sustentável do nosso tempo", Como principal assunto abordado na
conferencia, contribuindo para a mais ampla conscientização nas questões
ambientais e sociais da humanidade.
Na
questão da Agricultura Brasileira, que de uma forma ou de outra o Pais tem um
grande potencial de produção e ainda podem ser exploradas, em razão de sua
tecnologia, áreas agricultáveis que estejam dentro da norma das leis que possa
ser explorada e mecanização tecnificada. Mais não adianta sermos lideres em
produção de alimentos podendo ser alto sustentável, alimentando todo Pais e
ainda sendo exportado uma grande parte de grãos produzidos em terras
Brasileiras, sendo alimento na mesa de todo o mundo. Temos que seremos exemplo
em Desenvolvimento Sustentável, produzir de acordo com as questões Ambientais, obtendo
crescimento econômico, social e principalmente a preservação ambiental como:
respeitando Áreas de preservação permanente, recursos hídricos, nascentes,
matas ciliares, encostas de morros e outros recursos naturais.
Agora é o momento de colocar na balança
as questões ambientais relacionadas a agricultura e tantas outras áreas de
atuação. Analisar os efeitos destas atividades e amenizar o máximo de forma coerente
a produção e a situação que se encontra a agropecuária. Esse tema já vendo
sendo debatido desde a ECO-92, que teve como objetivo
conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção do ambiente. Em junho de
2012 acontecerá o evento Rio + 20 e cabe uma análise da
evolução e das mudanças que ocorreram na agricultura brasileira, nesses 20
anos.
O assunto vendo sendo debatido a 20 anos, para amenizarmos as emições de gases, uso racional da terra, respeitar as áreas de preservação, e os resultados estão sendo visíveis que no passar destes anos o desenvolvimento sustentável, está acontecendo com o passar dos anos em todas as atividades.
O assunto vendo sendo debatido a 20 anos, para amenizarmos as emições de gases, uso racional da terra, respeitar as áreas de preservação, e os resultados estão sendo visíveis que no passar destes anos o desenvolvimento sustentável, está acontecendo com o passar dos anos em todas as atividades.
No caso da agricultura os
impactos positivos estão cada vez mais presente na redução dos gases emitidos,
a área sob plantio direto, as produções de grãos por unidade de área (hectare),
redução no consumo de combustíveis com a adoção do plantio direto, a eficiência
no uso de água, aumento na retenção da mesma no solo e na eficiência da
irrigação. Todos esses fatores foram positivos nos últimos anos, então demostra
que algo está sendo feito, mais de forma lenta. Desta forma, que a Rio +
20 possa acrescentar formar novas de como preservas nossos recursos
naturais e determinaram as mudanças necessárias para o benefício de toda a sociedade.
Veja opinião sobre a evolução e a contribuição da agricultura nesse período da Rio+20, publicado na Revista Plantio Direto.
terça-feira, 12 de junho de 2012
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